A importância de se dar apoio à mulher que quer amamentar
Embora a maioria dos profissionais de saúde afirme ser favorável ao aleitamento materno, nem sempre se pode contar com o apoio deles. Muitos desses profissionais, de forma automática, passam uma receita de bolo como se todas as mulheres fossem iguais. E quando a mulher apresenta problemas como bico rachado, mastite, dor e pouco leite, a primeira recomendação é entrar com o complemento ou o desmame. Eu mesma já vivi isto.
O apoio da família e de grupos de apoio pró-amamentação pode encorajar e incentivar a mãe a dar continuidade à amamentação. De acordo com a OMS, tem sido demonstrado que leigos treinados em amamentação podem ser mais capazes de fornecer ajuda individual frequente para as gestantes e mães, no intuito de aumentar sua autoconfiança e superar adversidades, do que o próprio serviço de saúde formal.
- A Organização Mundial da Saúde relata que o risco de morte por doenças infecciosas entre crianças menores de dois anos não amamentadas é seis vezes maior.
- A AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS aponta outra possível proteção do leite materno contra síndrome da morte súbita, diabetes mellitus, doença de Crohn, colite ulcerativa, linfomas, doenças alérgicas além de otimizar o desenvolvimento neurológico da criança.
- De acordo com a UNICEF e o Ministério da Saúde, estudos apontam que bebês que mamam no peito apresentam melhor crescimento e desenvolvimento cognitivo:
- Um estudo realizado com 1.130 crianças em idade pré-escolar, concluiu que a percentagem de mordida cruzada foi menor em crianças amamentadas em relação às que foram alimentadas com mamadeira.
- Economia no custo familiar, já que não há o gasto de compra de leites e fórmulas para o bebê.
- Perda mais rápida de peso pós-parto da mãe.
- Menor sangramento da mãe após o parto (o útero voltar mais rapidamente ao tamanho normal, causando diminuição do sangramento e prevenindo a anemia materna).
- Menor risco de câncer de mama e ovários (estudos em populações demonstraram que quanto mais a mulher amamenta e quanto maior for o tempo de amamentação, menor o risco de câncer de mama e ovários).
- Menor incidência de diabetes (conforme estudo realizado em Harvard, cada ano de amamentação reduz o risco de diabetes tipo II na mãe em 15%).